A falta de planejamento e o desrespeito às pessoas ameaçam importantes áreas livres de Copacabana, Humaitá e Leblon, bairros que convivem com a especulação imobiliária e com a desumanização dos espaços.
COPACABANA – sem consulta ou esclarecimento, a prefeitura iniciou as obras de reabertura da Rua Almirante Gonçalves; da noite para o dia, o que era praça virou canteiro de uma obra atabalhoada e irregular, uma vez que não tem a obrigatória placa de identificação do órgão responsável, custo, prazos e responsável técnico. O resultado da pressa já foi um cano de esgoto furado e a interrupção da obra, que esbarrou em DUAS instalações de águas pluviais. No canteiro, sobram lixo, tubos, fios e pedras, ameaçando a população.
“É a completa barbárie urbanística e administrativa”, protestou o arquiteto Carlos Fernando de Andrade, ex-superintendente do IPHAN.
HUMAITÁ E LEBLON – também sem consulta, o governo federal anunciou que venderá os terrenos da Cobal. No Humaitá, onde cem lojas e boxes geram mais de mil empregos diretos e cerca de 4 mil indiretos, a grita foi imediata, unindo comerciantes, clientes e moradores do entorno. Um abaixo-assinado contra a proposta já reúne mais de 2 mil adesões.
“A Cobal é um espaço de afeto do bairro e não vamos deixar que ela seja destruída”, defende Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores de Botafogo (Amab).