No dia 13 de dezembro de 2016, o Senado consumou grave atentado ao povo brasileiro. A PEC 55, a PEC da Morte, rejeitada pela maioria da sociedade,
foi aprovada por 53 votos a favor e 16 contra.
Um Senado desmoralizado aprovou a proposta de um governo ilegítimo, impopular, envolvido em dezenas de acusações de corrupção, que optou por virar as costas para a população, enquanto promove benesses para apadrinhados ou para os que podem levar os seus integrantes à prisão, como a imprensa cúmplice, aquinhoada com altas verbas, e a Polícia Federal e o Judiciário, que obtiveram aumentos salariais muito acima da inflação.
Sob o nome fraudulento de PEC do Teto de Gastos, o que há é um projeto neoliberal de retirada de investimentos essenciais para o desenvolvimento do país e até para a sobrevivência das pessoas, favorecendo o sistema bancário, o capital estrangeiro e as empresas privadas, especialmente as de saúde e de ensino.

Não por acaso, a aprovação ocorreu exatos 48 anos após a assinatura do AI-5, que abriu uma era de brutais violações dos direitos humanos no Brasil. A PEC 55 trilha o mesmo caminho, desta vez pela via econômica, como até a ONU denuncia. Não tenho dúvidas de que ceifará vidas.
Mais uma vez, o 13 de dezembro entra para a história como um dia enlutado. Mais uma vez, começamos uma nova etapa de lutas.